quarta-feira, 27 de março de 2013

Isso pode ?



Isso  pode ?

Em tempo de estado de direito adquirido,

Em tempo de liberdade de expressão,

Em tempo de liberdade religiosa,

Em meio a uma  discussão sobre  direitos  humanos e humanos direitos,

o debate gira  em “se  pode  ou não  um deputado, sendo ele pastor ,

ser o  relator ( presidente) da  comissão de direitos  humanos no  congresso  nacional.

Minha  reflexão sobre este episódio  passa

pelo  fato  deste  deputado  ser  pastor evangélico.


Até  porque  isso  se  torna relevante  considerando  a  facilidade

como  se  tem  “auto adquirido” este  título, sem ter sido  testada a  habilidade vocacional.

Um pastor  seria  a pessoa  indicada  para  assumir esta  importante  comissão?

Penso que sim .


Pense  comigo, o pastor  é  aquele  que  foi  vocacionado  para cuidar de gente.

Ele  precisa  ter  seu  olhar  na direção  daqueles  que  sofrem, humilhação, perseguição,

que  são  desprezados  pela sociedade, que foram desassistidos  pelo poder público,

que  estão  vivendo  a  margem  da  vida, fora  do  caminho da  felicidade.

Foi  vocacionado  para  servir, não  para  julgar,

Para ensinar, não  para  reprovar,

Para  orientar , não para  confundir,

Para conduzir, não para  reprimir,

Para  trazer  informação , não para alienar.

Do  ponto  de vista  vocacional  o pastor  seria  uma das pessoas  mais  indicadas para  assumir  este  papel  de mediador  entre  as  minorias  e a sociedade,

o conciliador  entre  o oprimido e opressor,  entre  o agressor e o agredido.

Não estou  me  reportando a  pessoas  que, equivocadamente  não receberam de Deus esta vocação, mas  que  numa  atitude  de  auto chamado  começam a  emitir  conceitos, opiniões  pessoais, e  interpretações  desorientadas sobre  assuntos  de ordem  humana , e se esquecem que  humanos são.

Não estou  falando  de  uma  meia  dúzia  de pop star  da  mídia, “butoxados,chapiniados,auto diplomados bispo,apóstolo,missionário.

Falo  de  uma  grande  multidão de  pessoas  que  estão  dando  a  vida, anonimamente, para  a  construção  de  outras vidas, de  seres humanos , gente  que  não  esta atrás  de  holofotes e câmeras,  mas  são dependentes  da graça de Deus  para  ajudar  outros  seres  humanos.

Um pastor,  neste  contexto, pode   e deveria  fazer  parte  da  comissão  de  direitos  humanos de qualquer  parte  do  mundo.
                                                                                                                                     Cleber Coimbra Filho


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